sábado, 2 de março de 2013

Sexta-feira, 1º de fevereiro




Política

Vejo nos canais de TV a briga pelos cargos de direção do nosso Congresso Nacional. O glorioso Senado Federal escolheu hoje o seu novo comandante e o da Câmara dos Deputados sai na semana que vem.

Tanto o novo presidente do Senado como o favorito ao comando da Câmara são políticos contra os quais pesam severas acusações de corrupção. Parece que os políticos profissionais brasileiros têm a síndrome do quadrilheiro, aquela que induz a vontade de ser liderado pelo pilantra mais astuto que estiver à mão.

A eleição de Renan Calheiros pelos senadores ganhou alguns contornos patéticos (além daquele lance hipócrita do próprio neolíder que reiterou – no discurso de posse – sua opção pela ética), como o discurso de Fernando Collor investindo contra o Procurador Geral da República, a quem acusou de não ter estofo moral para denunciar alguém. Mas de quem mesmo partiu essa acusação? De um tal de Fernando Collor de Mello, ex-presidente da República defenestrado do poder por atos de corrupção! O velho caçador de marajás, cassado no exercício do cargo político mais importante do País por ter metido a mão no jarro! Agora veste-se de moralista (por sinal, não é a primeira vez!) para acusar um ilibado (espera-se que seja!) procurador!

Mas não foi só. Outros parlamentares, evidentemente de costas para a sociedade (emprestei essa expressão de não-sei-quem – ouvi-a não me lembro aonde) usaram da honrada (deveria ser!) tribuna do Senado para defender o neolíder. E o velho Sarney, tal qual criança de quem se tomou o brinquedo favorito, saiu aos prantos pelos corredores do Congresso Nacional. Não sem antes soltar a sua última pérola aos quatro ventos (e mais, se os houvesse): “o Parlamento brasileiro sofre a incompreensão da sociedade”.

Se o Brasil tem saída de emergência ela deve estar muito bem escondida!

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