Quarta-feira, 20 de fevereiro
Hospital
(II)
O procedimento de ablação
eletrofisiológica foi feito ontem. Tudo correu bem, felizmente, graças à
competência da equipe médica, chefiada pelo Dr. Gel Roberto. O meu índice INS
baixou para 2,5 e resolveram fazer a intervenção, mesmo que esperassem um
índice um pouco menor.
Já deixei o hospital, cerca de 14 horas
depois de sair da sala de cirurgia.
Assassinatos
Assunto em tela aqui em Curitiba é a
prisão da médica Virgínia Soares de Souza, chefe da UTI geral do Hospital
Evangélico. De acordo com as acusações, a médica é responsável por dezenas de
mortes de pacientes internados na Unidade Intensiva. Faz vinte anos que ela
chefia a UTI do Evangélico.
Depoimentos de enfermeiros e outros
profissionais que atuavam na UTI dizem que ela simplesmente mandava desligar os
aparelhos de pacientes que estavam em condições críticas de saúde. Só fazia
isso com pessoas internadas pelo SUS, o Serviço Único de Saúde, público. Os
internados por convênios ou planos de saúde, ou particulares, tinham outro tipo
de tratamento.
Uma enfermeira declarou que a médica usava
uma senha: SPP, que quer dizer “se parar, parou”. Usava quando um paciente
estava ligado a aparelhos e não apresentava melhoras. Quando um enfermeiro (ou
enfermeira) comunicava o estado do doente, ela sentenciava: SPP! Os aparelhos
eram então desligados.
Fica difícil fazer uma avaliação desse
tipo de acontecimento. Se provado o comportamento, temos um caso seriíssimo de
crime horrendo. Mas há depoimentos contraditórios. Várias pessoas depuseram em
defesa da médica e um número maior de testemunhas corrobora as acusações.
Infelizmente não se trata de um caso
isolado. Há tempos tivemos no Rio de Janeiro o caso de um enfermeiro que
recebia propina de uma funerária para “fabricar defuntos” num hospital. Foi
apelidado de “anjo da morte” e condenado, ao que me lembro, a pouco mais de
trinta anos de prisão.
É muito triste constatarmos que muita
gente depende do julgamento de pessoas pouco escrupulosas que condenam
semelhantes à vida ou à morte em função do seu (do paciente) poder aquisitivo.
Tem muita gente confundindo o Juramento de
Hipócrates com o julgamento dos hipócritas.
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