sexta-feira, 8 de março de 2013

Assassinatos

Quarta-feira, 20 de fevereiro
Hospital (II)
O procedimento de ablação eletrofisiológica foi feito ontem. Tudo correu bem, felizmente, graças à competência da equipe médica, chefiada pelo Dr. Gel Roberto. O meu índice INS baixou para 2,5 e resolveram fazer a intervenção, mesmo que esperassem um índice um pouco menor.
Já deixei o hospital, cerca de 14 horas depois de sair da sala de cirurgia.
Assassinatos
Assunto em tela aqui em Curitiba é a prisão da médica Virgínia Soares de Souza, chefe da UTI geral do Hospital Evangélico. De acordo com as acusações, a médica é responsável por dezenas de mortes de pacientes internados na Unidade Intensiva. Faz vinte anos que ela chefia a UTI do Evangélico.
Depoimentos de enfermeiros e outros profissionais que atuavam na UTI dizem que ela simplesmente mandava desligar os aparelhos de pacientes que estavam em condições críticas de saúde. Só fazia isso com pessoas internadas pelo SUS, o Serviço Único de Saúde, público. Os internados por convênios ou planos de saúde, ou particulares, tinham outro tipo de tratamento.
Uma enfermeira declarou que a médica usava uma senha: SPP, que quer dizer “se parar, parou”. Usava quando um paciente estava ligado a aparelhos e não apresentava melhoras. Quando um enfermeiro (ou enfermeira) comunicava o estado do doente, ela sentenciava: SPP! Os aparelhos eram então desligados.
Fica difícil fazer uma avaliação desse tipo de acontecimento. Se provado o comportamento, temos um caso seriíssimo de crime horrendo. Mas há depoimentos contraditórios. Várias pessoas depuseram em defesa da médica e um número maior de testemunhas corrobora as acusações.
Infelizmente não se trata de um caso isolado. Há tempos tivemos no Rio de Janeiro o caso de um enfermeiro que recebia propina de uma funerária para “fabricar defuntos” num hospital. Foi apelidado de “anjo da morte” e condenado, ao que me lembro, a pouco mais de trinta anos de prisão.
É muito triste constatarmos que muita gente depende do julgamento de pessoas pouco escrupulosas que condenam semelhantes à vida ou à morte em função do seu (do paciente) poder aquisitivo.
Tem muita gente confundindo o Juramento de Hipócrates com o julgamento dos hipócritas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário