Sábado, 16 de fevereiro
Continua
Ainda na
pauta do dia os atentados criminosos comentados ontem. Mais alguns episódios
ocorridos na noite passada deixam a população catarinense cada vez mais com a
pulga atrás da orelha. Já são praticamente 120 casos e a preferência dos
bandidos é o ataque (incêndio) a ônibus, quer do transporte coletivo urbano,
quer de excursões (frequentes nesta época de veraneio), quer escolares. Aliás,
na noite passada um dos alvos foi um ônibus escolar, se não me engano em
Itapoá, aqui pertinho de Sanchico.
Começou
a transferência de presos, aqueles considerados como mandantes dos atentados,
para prisões federais em outros Estados da federação. Não sei se vai resolver,
mas é uma providência. Autoridades federais também “deram o ar da graça”
buscando soluções. Ontem foi a vez do Ministro da Justiça, que está no Estado,
se pronunciar. A coisa está preocupando Brasília. Também chegaram ao Estado –
finalmente – as tropas federais. Inclusive do Bope, o temido Batalhão de
Operações Especiais.
Segundo
informações da imprensa, na quarta-feira passada foram apreendidos diversos
celulares e armas caseiras por ocasião da revista aos familiares que foram
visitar presos no Presídio Regional de Blumenau (onde estavam vários bandidos
considerados perigosos). Só uma pergunta, se me for permitido (aliás, duas): os
“familiares” flagrados com esse “material” não deveriam ir em cana também? Ou
fica tudo por isso mesmo?
O
governador catarinense continua sendo alvo de críticas, não sem razão, segundo
a minha opinião. A sua teimosia em recusar a ajuda federal foi decisiva, a meu
ver, para o recrudescimento dos ataques. O argumento dele, de que a Força
Nacional não disporia de mais de cem homens (os quais seriam insuficientes, na
ótica dele) para mandar para Santa Catarina, não procede. A vinda da Força
Nacional seria adequada e oportuna nem que fosse com um homem só. Não que esse
homem (ou mesmo os cem mencionados pelo governador) fosse resolver o problema.
Mas a vinda de ajuda federal, quer de um homem, quer de cem homens, quer de mil,
significaria o engajamento do governo federal no problema. O governador teria
com quem dividir responsabilidades e encontrar soluções. Nem que fosse
necessário que, na sequencia, viesse um batalhão do Exército Brasileiro. Mas,
dispensando a ajuda, ficou segurando o abacaxi sozinho.
A
conclusão é de que não faltam homens para a solução do problema. Faltam
neurônios.
Pedradas
Você já
levou uma pedrada na cabeça? Não? Bem, de qualquer forma, sempre existe uma
primeira vez. É bom ficar atento nesses dias em que o cosmos parece ter
escolhido o nosso planeta como o alvo da vez.
Ontem um
asteróide passou perto da Terra, algo assim como uns 27 mil quilômetros, o que,
segundo os entendidos, é “logo ali” em termos de distâncias espaciais. Em
outras palavras, a pedra de umas 130 mil toneladas “passou raspando”.
Não sei
se é coincidência ou se a pedra, apelidada de asteróide, vem acompanhada de
outras, menores. O caso é que, na véspera, um meteoro veio direto para o nosso
planeta, explodindo ao chocar-se com a atmosfera a mais ou menos 55 mil
quilômetros por hora. A explosão provocou estragos na região de Chelyabinsk, na
parte asiática da Rússia, como portas e janelas arrebentadas, vidraças
quebradas (200 prédios atingidos) e tetos arrancados, por causa do deslocamento
de ar. Mil e duzentas pessoas foram feridas, cerca de trinta delas em estado
grave.
Também
ontem, moradores dos EUA (Estado da Califórnia) e de Cuba avistaram uma bola de
fogo cortando os céus. Era a queda de um meteorito. Algumas pessoas até fizeram
imagens que foram parar na internet.
Os
astrólogos dizem que os casos não têm correlação entre si. Sei não. É muita
coincidência pro meu gosto. Mas como não se sabe onde essas pedras vão cair,
não sei onde me esconder. Debaixo da cama (badacama,
segundo o mais legítimo mineirês clássico)
não vai adiantar, acho que não.
Em tempo: O texto aí de cima foi escrito à tarde. Agora,
à noite, veio mais uma notícia pela TV dando conta de que um senador dos EUA
apresentará na próxima semana um projeto de lei visando proteger a população
norteamericana de eventuais pedradas espaciais. A notícia não detalhou o
projeto. Só se espera que o ilustre senador não venha com a brilhante ideia de proibir
(por lei federal) a entrada de objetos estranhos na atmosfera terrestre.
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