domingo, 3 de março de 2013

Segunda-feira, 4 de fevereiro


Barganhas
Aqui em Porto Alegre fui assistir ao filme “Lincoln”, que tem doze indicações para o Oscar deste ano. Quanto ao filme em si mesmo, nada a comentar. Como não sou assíduo em salas de cinema pouco posso dizer sobre a qualidade da fita, o desempenho dos atores, essas coisas que tanto fazem a diferença para os julgadores do maior concurso cinematográfico do planeta.
Da história propriamente dita, levando em consideração de que ela não tenha sido aviltada pela produção, tira-se importante conclusão: também lá nos EUA, desde os tempos lincolnianos, existe a barganha política no parlamento. Não tão desbragada como aqui e agora, claro, mas igualmente rasteira e indecorosa.
Em verdade lhes digo, aliás, que nem seria necessário assistir ao Lincoln cinematográfico para bater em tal remate. Bastaria ir à História Antiga e repassar as travessuras do maluco Calígula, imperador romano da primeira metade do primeiro século da nossa era, aquele que nomeou o seu cavalo Incitatus para o ínclito Senado de Roma.
Fê-lo, não exatamente por ser meio debilóide, mas principalmente para marcar a sua revolta contra os parlamentares de então, envolvidos até a raiz dos cabelos (aqueles que os tinham) em escandalosos casos de corrupção. Com seu gesto, Calígula (Botinha para os íntimos e Gaius Julius Caesar Augustus Germanicus nos registros oficiais) quis mostrar que o seu cavalo era tão (ou mais) digno de respeito quanto os vetustos senadores romanos.
É uma pena não termos um Calígula por aqui.
Camarilha
Só para coroar o dia: o deputado potiguar Henrique Eduardo Alves foi eleito presidente da Câmara de Deputados. Conforme previsto. É só.

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