sábado, 2 de março de 2013

Domingo, 3 de fevereiro



Estádios
(Re)Inauguração do estádio Mineirão, em Belo Horizonte, hoje. Mais um estádio construído com recursos públicos com vistas à Copa do Mundo de Futebol no ano que vem. Serão doze estádios no total, quase todos construídos com recursos do erário, total ou parcialmente.
Um país que não tem dinheiro para tratar seus doentes gasta horrores com estádios de futebol. Nada tenho contra o esporte, muito pelo contrário, sou apreciador. Mas não posso concordar com a fortuna gasta dessa forma, como se estivéssemos num país rico com um povo milionário. Serão uns dez bilhões de reais enfiados em estádios que, em muitos casos, virarão elefantes brancos depois da Copa. Cidades que praticamente não têm clubes de expressão, com reduzida população, terão estádios faraônicos.
E o pior: muito das verbas públicas está sendo aplicado em patrimônios particulares. Haverá restituição, conforme prometido? Até os deuses duvidam.
Igrejas
Descobriu-se por estes dias que a Igreja Católica Apostólica Romana mantém imóveis supervalorizados em Londres, alguns locados para instituições como a Joalheria Bulgari e o Banco Altium Capital. A notícia é acompanhada pela explicação: tais imóveis foram adquiridos na época da ditadura de Benito Mussolini na Itália; para “comprar” a aprovação da Igreja ao regime fascista o ditador teria pago uma fortuna ao Vaticano que, por uma questão de lógica meridiana, aplicou a grana comprando imóveis na Inglaterra. Santo investimento! Todavia, as propriedades imobiliárias da Igreja Católica não são exatamente um segredo, a não ser pela sua amplitude. Na Europa, em particular. Conforme a história, os santos templários tiveram uma participação especial nessa empreitada.
Praticamente nos mesmos dias, veio à tona, através da revista norteamericana Forbes, que um líder de uma seita evangélica brasileira teria amealhado uma riqueza pessoal de 300 milhões de reais em menos de cinco anos. Em entrevista concedida a uma revista brasileira o pastor rebateu as acusações mas deixou escapar, nas entrelinhas, que mistura a sua fortuna pessoal com o patrimônio da seita e, não só dela, mas ainda de uma associação religiosa da qual, assombrosamente, também é líder. Em um dos trechos das declarações, o pastor diz que “tenho um avião executivo da Associação . . . que coloquei à venda”. Sintomático, né?
O mesmo pastor diz que a sua igreja é apenas a terceira em arrecadação no Brasil, entre as seitas religiosas chamadas evangélicas. A maior delas, segundo suas palavras, arrecada anualmente a ninharia de 2 bilhões de reais em dízimos. E tem também uma rede de televisão.
Essas igrejas e suas caixas-fortes milagrosas! ! !

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