Sábado, 30 de março
O meretrício
O leitor João Batista, que se diz maringaense da gema, me questiona via e-mail sobre a matéria publicada na
quarta-feira passada (na verdade a postagem só aconteceu na quinta). O João
Batista, na verdade, gostou do texto, mas me pergunta sobre a minha relação com
a cidade do norte paranaense.
Eu morei em Maringá durante os anos mais
dourados da vida. Posso dizer que fui criado em Maringá, onde vivi desde os
oito anos, quando meus pais se mudaram de Curitiba para lá e de lá só saí aos
vinte anos de idade. Muitas peripécias da mocidade, da juventude, foram vividas
em Maringá. Na fase final da adolescência eu costumava freqüentar uns
estabelecimentos altamente especializados num bairro da cidade chamado Vila
Marumbi. Popularmente essa região era conhecida como zona do baixo meretrício. No começo, como eu só tinha 17 anos,
precisava fugir das batidas policiais, pois era proibida a presença de menores
de 18 anos naqueles estabelecimentos. Fugir da polícia até que não era difícil,
mesmo porque algumas moças mais humanitárias sempre nos davam cobertura. Digo “nós”
porque eu não era o único naquelas condições.
Hoje eu fico raciocinando: se a Vila Marumbi era
a zona do baixo meretrício, é porque
havia também o alto meretrício.
Mas esse eu nunca freqüentei.
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